quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Trecho do livro "O Vale dos Mortos" - Capítulo 5 - Confinados

Depois de muito tempo, Ivan e Estela conseguiram fazer com que as crianças pegassem no sono. Deitaram abraçados com os filhos no chão até eles dormirem, falando palavras tranquilizadoras. Convenceram as crianças que no dia seguinte iriam providenciar comida e que tudo iria ser mais fácil e que eles não tinham com que se preocupar. Estavam preocupados com os dois pequeninos, quanto ao futuro e quanto as sequelas que aquela experiência iria deixar.


– Nossos filhos vão ficar traumatizados. - falou Estela, olhando as crianças que dormiam no chão frio.  – Vão carregar para sempre as cicatrizes desse dia. Nunca mais vão superar tudo que viram e sentiram, vão ter que amadurecer rápido demais, vão se tornar adultos cedo demais. Isso se conseguirem chegar à fase adulta. – falou acentuando propositalmente a palavra “se”. Novamente sentiu as lágrimas queimarem seus olhos.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Matéria publicada no Jornal "O Vale" sobre o livro "O Vale dos Mortos".



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Resenha postada por Fábio Zonatto no site Zumbicast - www.zumbicast.com.br

Uma das perguntas que mais vejo “sabichões” sobre o Apocalipse Zumbi repetirem (e também responderem) pela internet é: “Se sua esposa/filho se transformassem em zumbis, você seria capaz de fazer a coisa certa?”

“Tiro na cabeça, sem pensar duas vezes!” – os mais resolutos respondem. Já os que guardam certas ressalvas podem optar por algo como “É complicado… Mas se você os ama de verdade, tem que fazer…”. Pois é, apenas imaginarmos uma terrível situação destas com certeza nada tem a ver com vivencia-la de fato.

Mas então eu lhes pergunto: não seria melhor simplesmente cuidarmos de nossa família, zelando por sua segurança e protegendo-os com sua própria vida posta em risco constantemente? Não seria melhor sacrificar-se pelos entes queridos sabendo que estarão em segurança que viver indefinidamente com a dor (e as vezes a culpa) da perda destes? Pois é este exatamente o conceito da obra “O Vale dos Mortos”, de Rodrigo de Oliveira – mais um autor visionário do fim dos tempos.

Diferente da série “Apocalipse Zumbi” de Alexandre Callari, a obra de Rodrigo de Oliveira (também idealizada para ser uma série) foca muito mais na família e seus preceitos do que nas atrocidades humanas cometidas após o fatídico “Dia Z”. Neste cenário, que também é ambientado no Brasil (interior de São Paulo mais precisamente) uma família comum composta pelo técnico em informática (e ex-militar) Ivan, a analista de sistemas Estela e os dois filhos pequenos Matheus e Ana são pegos completamente desprevenidos quando o caos começa, e devem permanecer juntos para escaparem do terror que vivenciam.

Isto porque, nesta trama, tudo acontece repentinamente. Realmente sortudos são os que não morrem imediatamente após o início de tudo!

Rodrigo de Oliveira, ao contrário de muitos autores de obras com zumbis, resolveu explicar a origem da praga… E ela vem na forma de um estranho planeta que aproxima-se perigosamente da Terra, o temível “Segundo Sol” Hercólubus. De uma forma surpreendente (que não entregarei aqui), o visitante estelar traz consigo o fim dos tempos, o poente da sociedade moderna como a conhecemos. Milhões de pessoas pelo mundo são mortas, e estas pobres vítimas não tardam a levantarem-se novamente como criaturas terríveis que devoram carne humana e não conhecem medo ou medem consequências para matar. É neste cenário de morte e atrocidades que Ivan e Estela devem proteger seus filhos e a si mesmos enquanto buscam abrigo, água, comida… E esperanças.

Você vai acompanhar uma desesperadora e tocante aventura por terras devastadas que irá nos mostrar até onde vai o amor dos pais por seus filhos e de um homem por sua família – mesmo após nada mais parecer certo. Mesmo após o fim definitivo da vida como hoje a conhecemos. Como tomar decisões ousadas em nome da sobrevivência quando se há tanto a perder? Como não estar pronto a sacrificar-se a qualquer momento quando sabemos que a o abraço da morte será muito mais ameno que a dor da perda? Até onde você iria para preservar a sua vida e a de sua amada família? Pois Ivan e Estela responderão a todas estas perguntas – e você não vai querer perder esta tocante saga por nada.

“O Vale dos Mortos”, como já dito, é uma obra de Rodrigo de Oliveira (mais um grande amigo e parceiro do Zumbicast) que está disponível pelo selo Baraúna. Corra para ler o primeiro capítulo deste sufocante conto, pois o segundo já começa a despontar no horizonte – e nós do Zumbicast lá estaremos para lhes trazer mais este lançamento!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Trecho do livro "O Vale dos Mortos" - Capítulo 2 - O Dia em Que Tudo Mudou

Estela soltou um grito quando sua porta foi aberta bruscamente pela bizarra criatura de um olho só que viram instantes antes. O ser agora tinha uma expressão feroz, os dentes estavam visíveis, enquanto um fio de saliva escorria pelo canto da boca. Soltou um urro aterrorizante, como um predador que está prestes a cair sobre sua presa.

Apavorada, Estela puxou a porta de volta com toda a força, tentando impedir aquela coisa de entrar no carro junto com ela e sua família. As crianças gritavam e choravam apavoradas, e Matheus se espremeu contra a porta, como se tentasse aumentar a distância entre ele e aquele demônio vindo diretamente do inferno.

Ela chegou a bater a porta, mas esta não fechou. A mão esquerda daquele monstro estava presa. Quando Estela a fechou não tinha percebido isso, e agora a porta não trancava, faltava um centímetro para conseguir travar. Pela violência do impacto era para ter quebrado todos os ossos da mão daquela criatura diabólica, mas aparentemente não havia acontecido nada ou simplesmente “aquilo” não se importava com a dor.

O homem puxou a porta de volta com a mão livre, e ele era fortíssimo. Num puxão conseguiu escancarar a porta novamente de uma forma tal que as dobradiças oscilaram perigosamente, e Estela por um segundo achou que a criatura ia conseguir arrancá-la fora.

Resenha publicada pelo sobrevivente Paulo Henrique no Skoob.

Sensacional!!!

Sinceramente meus parabéns, a mescla de planetas, zumbis, violência(digo e repito VIOLÊNCIA), e um casal(nunca tinha visto nada tão próximo) lutando contra hordas de zumbis acabou dando uma mistura fantástica.

Os personagens, os cenários as situações, tudo descrito com uma riqueza em detalhes impecável, que transforma a leitura em uma viagem para dentro do livro, fazendo com que o leitor sinta exatamente o que esta lendo como se fosse uma experiência real.

A forma como trata as palavras descreve exatamente a tensão, a preocupação em que o autor deve ter tido para escrever uma obra simplesmente fantástica.

Depois de ter lido em 2 semanas(pela falta de tempo), e ter devolvido o livro para o devido dono, não vejo a hora de comprar o meu exemplar e por em um lugar especial na estante, o lugar dos ZUMBIS!!!

Resenha publicada por R. S. Pereira no site Zakar.com

Resenha publicada por R. S. Pereira no site Zakar.com

Cuidado, contém GRANDES SPOILERS!!!

Sinopse: "Num futuro próximo, uma antiga lenda Suméria torna-se realidade. Um gigantesco planeta é descoberto no nosso sistema solar e ruma em direção à Terra. Sua aproximação desencadeia um fenômeno único na história e bilhões de pessoas se transformam, de uma hora para outra, em criaturas sedentas de sangue e carne, num estado permanente e irreversível de fúria psicótica. Neste cenário caótico uma família inicia uma luta desesperada pela sobrevivência. Assim, surgirão dois líderes capazes de guiar os poucos sobreviventes de uma cidade do interior de São Paulo para enfrentar uma horda de zumbis canibais. Com passagens em Brasília, nos Estados Unidos, na China e na França “O Vale dos Mortos” é uma história de zumbis com ação frenética e muita violência, que também trata de valores como liderança, trabalho em equipe, e a força de um jovem casal capaz de tudo para proteger seus filhos e amigos. Acima de tudo, “O Vale dos Mortos” trata de uma grande história de amor capaz de sobreviver a tudo, até mesmo ao fim do mundo."

***

"Uma tempestade é um conjunto de milhões, às vezes bilhões de variáveis que geram um resultado. Essas variáveis combinadas causam um efeito, o que nos leva a crer que se o jardineiro fosse impedir a tempestade teria de influenciar bilhões de agentes diferentes, mudando toda uma estrutura que poderia alterar não só a tempestade, mas uma infinidade de outras coisas. É por isso, que eu acredito que Deus pode prever certas tempestades, mas não as impede. Pois elas são o resultado de inúmeras variáveis que são nada mais nada menos do que o subproduto de toda a Sua vasta obra.”

Hercólubus, até então era apenas um mito, um devaneio do escritor V. M. Rabolu. Um planeta fantasma, que aparece e desaparece nas órbitas dos planetas, e sempre que isso acontece, algo muito catastrófico acontece com tal planeta. Em 2018 foi a vez da Terra sofrer.
No inicio anunciaram que o planeta se chocaria em cheio com a terra, dizimando tudo e todos (quem dera isso fosse verdade!). Mais com a chegada do planeta para mais perto, os cientistas descobriram que não, ele não se chocaria com a terra, apenas passaria bem pertinho de nós, fornecendo um belo efeito visual nos céus de todo o mundo. Os cientistas não souberam dizer se isso mudaria de alguma forma o clima ou qualquer coisa relacionada, mais até então estava tudo tranquilo. Até então.
Numa manha de Sábado, ápice de Hercólubus e também ápice de um calor incrivelmente sobrenatural, Ivan e Estela saíram para resolver algumas coisas e comprar outras também, passaram pelo centro, que fechava mais cedo e fizeram quase tudo que precisavam, faltavam algumas coisas que podiam ser resolvidas no Shopping, então seguiram junto com seus filhos Ana e Matheus até o Shopping Colinas, no Jd. Aquarius. Iriam almoçar primeiro e depois resolver o resto dos afazeres. Foram obrigados a dar meia volta, o Shopping estava fechado, pois pela segunda vez ocorreu um vazamento de gás, e a área toda do shopping estava interditada. Seguiram então para o Shopping Center Vale. Chegaram e constataram que o lugar estava abarrotado de gente. Foi difícil achar uma vaga para o carro e também para encontrar uma mesa vaga na praça de alimentação do lugar. Por sorte conseguiram um lugar vazio, logo ao lado da mesa de uma senhora já de idade. Quando iam se sentar á mesa ouviram o barulho da mulher idosa se espatifando no chão. Ela havia desmaiado. Toda a praça de alimentação fitou atônica, e logo um médico que estava ali a passeio veio socorrer a senhora, mais de nada adiantaria. Do nada, de uma hora para outra cerca de 90 % das pessoas que estavam na praça desmaiou, na mesma hora, no mesmo instante. Ivan e Estela tentavam sair daquele lugar o mais rápido possível, cada um segurando um filho, mais era uma missão impossível, havia pessoas caídas uma sobre as outras em todos os lugares!
As pessoas que se livraram do momentâneo surto de desmaio, talvez por causa do calor, que nem o ar condicionado do shopping dava conta de estancar, se desesperaram, gritavam por ajuda, choravam, ficavam ao lado dos parentes numa súplica de ajuda.
Aquela primeira senhora que desmaiou, logo voltou á “si”. O médico, paralisado ainda ao seu lado viu quando a senhora abriu os olhos. Olhos leitosos, sem vida, sem cor. Brancos. Mortos!

– Senhora, você está bem? – perguntou o médico aflito. – Você está sentindo alguma coisa? Consegue falar?

Ele, com muito esforço, tentou colocar a mulher, Lúcia, sentada, mais foi surpreendido quando do nada ela o abraçou e mordeu seu pescoço, e só pode soltar um urro de dor. A senhora tinha uma força anormal, e havia lhe travado em um abraço mortal. Logo em seguida, Lucia mordeu sua bocheche e a parte inferior do rosto do medico, o fazendo gemer mais alto, e então ele não aguentou a dor e desmaiou... O fôlego desapareceu, veio a sensação de vazio e a escuridão... Logo seus olhos se tornaram brancos, sem vida...

Ivan e Estela assistiam a tudo aquilo sem poder acreditar. Tampavam os olhos dos filhos para que eles não presenciassem aquela cena. Aos poucos outras pessoas iam se levantando. Ivan sabia o que ia acontecer, olhou para Estela, que entendeu o olhar do marido e começaram a correr Shopping a fora com seus filhos no colo. O shopping todo estava abarrotado de gente desmaiada, que logo acordariam e sentiriam uma fome descomunal.
Logo na saída do shopping mais uma cena aconteceu, pessoas e mais pessoas tentavam sair pela pequena porta enquanto uma linda mulher era atacada pelo seu suposto noivo. Ainda assim, mesmo pensando em parar e ajudar, já era tarde demais para a moça, Ivan continuou a frente. O objetivo era chegar ao carro e fugir dali. Talvez fosse algo isolado, restrito apenas ao Center Vale (que dó, nunca verei meu Shopping preferido com os mesmo olhos!). Mais não. Depois de passar por um bando de zumbis ainda no estacionamento, eles puderam ver o caos. Carros parados no meio da rua, capotados, batidos, zumbis por todo o lado... Era o Apocalipse.
Ivan tinha em mente voltar para o apartamento onde moravam, na Vila Ema, mais logo descobriria que lá não era o melhor lugar para se ir. Eles se depararam com o lugar cheio de zumbis, nas ruas, nas calçadas, nas varandas dos prédios vizinhos, presos do lado de dentro dos condomínios, gritando para sair, com aquela voz oca, sem vida... O “Lar doce Lar” agora não tinha mais nada de doce. Era algo do passado.
Tentaram dar meia volta, mais foram atingidos por um outro carro, e acabaram caindo do anel viário, no inicio da rua, bem em cima de um matagal, e um pouco depois algo também caiu em cima do carro, um zumbi. Desesperado por comida, o zumbi logo quebrou o parabrisa do carro e tentou entrar, sendo parado por Ivan, que depois de tirar 10 segundos para se acalmar, estraçalhou o coitado, quase explodindo a cabeça do zumbi de tanto bater ela contra a capota do carro...

"- E o que eu estou negando Heraldo?...
- Poder. É com isso que você sonha. Você quer poder Ivan, poder ilimitado. - Heraldo respondeu olhando-o de forma ferina. – Eu observei muito você. Você adora mandar. Você adora estar no comando. Você ama impor a sua vontade sobre os demais."

Não se deixem levar pelo pequeno resumo que eu fiz ai em cima, isso é apenas alguns fatos que acontecem no PRIMEIRO CAPÍTULO do livro. Se no primeiro capítulo acontece tudo isso, imagina nos outros treze?!
O livro tem uma escrita simples, detalhada e fixante, digamos viciante. Você não consegue ler um capitulo e parar. Eu trabalho ali, no centro de toda a história, no Jd. Aquárius, passo todos os dias pelo Colinas, pelo condomínio Aquárius, pelo Extra... E confesso que nunca mais serei o mesmo. A todo momento, eu digo pra mim mesmo, "Se alguém desmaiar, EU CORRO!", falei a mesma coisa para a minha mãe na terça passada quando fomos ao shopping Center Vale. "Mãe, se alguém desmaiar, corre, e não olha pra trás! Ok"! Rsrs'
Achei incrível o jeito que o Rodrigo situou e organizou a história, a forma como ele descreveu o planeta visto por um satélite, cheio de pontos brancos que iam em direção á superfície dele, como se estivesse ceifando as almas humanas e deixando apenas os corpos ocos e famintos pra trás.
Uma das coisas que também me agradou muito foi o instinto sanguinário e psicótica que a Estela ganha quando está matando os zumbis. Fiquei pasmo quando eles estavam a caminho de Caçapava, e ela sozinha acabou com um ônibus lotado de zumbis!
Durante todo o livro, temos um cenário catastrófico e ainda assim, a cada fase, Ivan e Estela conseguem trazer um brilho de esperança nos olhos das pessoas. No prédio em construção onde ficam uma noite antes de decidirem ir para o Colinas, No Colinas ao montar uma pequena civilização em “harmonia” ali dentro, ao decidirem tomar o Condomínio Aquárius como base, e expulsar os zumbis do lugar... Todos esses momentos, Ivan e Estela sempre pensam no melhor, no futuro. Sempre pensando em coisas boas, sempre tentando ser os mais criativos e produtivos o possível. Seja criando algo auto-sustentável como uma Fazenda no Termas do Vale, um meio de criar energia, poços para bombear água...
Não esperem algo melodramático e existencial como The Walking Dead. A coisa aqui é bem mais Punk, ainda mais quando eles invadem o Tiro de Guerra em Caçapava e fazem a geral nos armamentos. Sinceramente, eu queria estar lá vendo os Lança-Chamas acabarem com os zumbis! O autor agrega muita coisa real, com coisas fictícias, ele molda toda uma realidade para que aquela ficção se encaixe certinho nos moldes. O livro em si traz uma bagagem de informações reais gigantesca, sem falar que, as "previsões" do futuro que o autor faz a respeito dos governantes é perfeita.
Comentei uma coisa no Facebook e poucos entenderam, comentei o seguinte: “Não sei se você vai me entender, mais o final não terminou como eu esperava mais acabou terminando da forma que eu imaginei!”, o que eu quis dizer foi o seguinte, eu esperava que, fossem os presos de Taubaté que estivessem por trás dos ataques no condomínio, esperava que antes do livro terminar, eles já viessem atacar e tomar o condomínio, que na minha opinião é o que vai acontecer no segundo. (SPOILER, SPOILER, SPOILER) Mais não, era Heraldo que estava por trás dos crimes. Só que no fim, Ariadne consegue entrar em contato com um grupo de sobreviventes que está em Taubaté, ou seja, realmente vai acontecer o que eu imaginei que ia acontecer. Acho que deu pra entender não é?
De verdade, esse é o primeiro livro de temática Zumbi que eu leio, e deu pra ver que, essa temática, é ótima pra prender a atenção, não sei se é o livro e a escrita do Rodrigo que são muito boas, ou se sou eu que gostei muito dessa temática.
Esse tipo de livro faz você pensar de uma forma muito estranha. "E se acontecesse agora? o que eu ia fazer?" penso isso a toda hora. Você acaba pensando em coisas táticas, e simples pra se defender, ou se esconder e esperar a loucura toda se acalmar. Perguntei pra umas quatro ou cinco pessoas, e todas me responderam que nunca haviam pensado em um plano de ação para caso tudo isso acontecesse um dia. Acho que é uma boa ideia, pensar um pouco sobre o assunto, e ver se você conseguiria sobreviver pelo menos um dia...

MAIS AI ME PERGUNTARAM: "E SE VOCÊ VIRAR UM ZUMBI JUNTO COM OS OUTROS?", eu só pensei em uma coisa pra responder: "Dai eu to fudido!".

Recomendo sim, em todos os sentidos esse livro. Posso garantir que vai fazer você ficar paranoico em relação ao Hercólubus, e se você mora em São José dos Campos, e sentir receio ao ir nos lugares citados pelo autor no livro, meus parabéns, você assimilou bem a história!

E mais uma coisa, se alguém desmaiar, não preste socorro... CORRA!

Parabéns pelo livro Rodrigo, aguardo ansioso pelo segundo volume! E ó, vamos parar de fazer o povo do condomínio sofrer tanto!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Resenha escrita por Cíntia Scelza, no Facebook.

Resenha escrita por Cíntia Scelza, no Facebook.

Meus queridos, tenho andado sumida dos posts, mas não esqueço nem de vocês nem dos queridos zumbis. Estou terminando de ler o livro que Dinho indicou há alguns meses, O Vale dos Mortos, e vim dar um parecer parcial. marcando de início que esse livro é o segundo romance-zumbi brasileiro de publicação com alcance mais amplo. Isso, por si só já vale a indicação, mas vamos ser mais específicos...

VALE SUPER A PENA LER "O VALE"!!!!!!!!!!!!!!!!!

Recomendo bastante!! Pra começar: a razão que o Rodrigo traz para a emergência da crise zumbi é bem legal, e também muito legal é a narrativa de como ela alcança outras partes do mundo. Interessante também notar que a história se passa num futuro próximo (em 2018), o que dá uma certa tensão subliminar, sugerindo que de fato, isso ainda pode acontecer... quase como uma profecia (ai, que medo)

Uma outra coisa BEM legal que achei é que a narrativa dele é bem descontraída, bem brasileira no sentido de ter ali aquele tipo de piadinha que é nosso característico. Tipo, estamos chafurdando na merda, mas sempre conseguimos encontrar um momento para rir da situação. Eu achei essa característica beeeeeem legal, também, que não existe nos romances-zumbi de outras línguas (acreditem, eu já li MUITOS deles).

Os pontos negativos são: há pequenos erros de ortografia (o revisor deixou passar), embora isso não interfira no prazer da leitura. E aí vai uma opinião muito pessoal, que no entanto também não compromete esse prazer: eu achei os personagens principais um pouco idealizados demais, mais especificamente no que se refere à relação do casal principal (Ivan e Estela). Achei esse aspecto meio conto de fadas.

Em contrapartida, adorei o fato da Estela virar uma matadora feroz de zumbis. Mulher poderosíssima!! E acho também que a história joga luz naquela coisa de que diante de situações inesperadas trazem à tona capacidades nossas que em nosso dia a dia jamais são sequer imaginadas como existentes (isso não acontece só no caso da Estela, mas de outros personagens, embora no caso desses a narrativa seja mais periférica).

Enfim, quem curtir literatura zumbi, eu sugiro ir correndo adquirir seu volume.

Resenha escrita por Maírton no Skoob.

Resenha escrita por Maírton no Skoob.

O que você faria se de repente a maior parte da população se transforma-se em um exercito de zumbis sanguinários? Se para você sobreviver você tivesse que trucidar alguém que um dia foi uma pessoa amada? Assim é o livro “O Vale dos Mortos” do autor Rodrigo de Oliveira, publicado pela nossa editora Parceira, Editora Baraúna.

Nos capítulos iniciais o autor faz um breve histórico para mostrar os motivos daqueles acontecimentos catastróficos que viriam assolar toda a Terra. A estória se passa no ano de 2018, quando um planeta misterioso se aproxima da orbita do nosso planeta transformando a maior parte da população em seres sem emoção e sentimentos, que se alimentam de outros.

O livro se concentra na família de Ivan, que tenta sobreviver de todas as formas e salvar o maior numero de pessoas.

Em meio a tudo isso eles tem que lhe dar com pessoas diferentes, vários tipos de situações emocionais e o maior de todos os desafios: manter o controle na tragédia que estava acontecendo.

Rodrigo de Oliveira nos prende por uma leitura de fácil entendimento que apesar de conter fatos históricos não torna o livro fatigante, ao contrário, a cada acontecimento narrado o autor consegue atiçar cada vez mais a curiosidade do leitor para o próximo acontecimento do livro, a próxima pessoa que será atacada por aqueles zumbis.

Em minha opinião o livro se compara a grande série televisiva “The Walking Dead” (Da qual sou fã de carteirinha). O autor também nos deixa atentos a valores importantes como a liderança e até mesmo a força do amor e da amizade.

Quando comecei a leitura até mesmo esqueci que estava lendo e me sentia parte dos personagens, me sentia dentro do cenário do acontecimento, chegava a viajar nas expedições por sobreviventes, na construção de um novo lar em meio às tragédias. Porém o que me encantou realmente foi o amor vivido entre Estela e Ivan, um amor capaz de superar até mesmo o fim de um ciclo da Terra.

Nos capítulos finais o autor nos deixa com água na boca, imaginando se teremos uma continuação dessa saga, que em minha opinião deixa vários pontos de interrogação que devem ser esclarecidos em uma possível continuação de “O Vale dos Mortos”, espero sinceramente que tenhamos essa continuação.


Um livro instigante, emocionante, assim é o “O Vale dos Mortos” da Editora Baraúna, que está de parabéns pela publicação do livro que pode ser um sucesso nacional ou mesmo mundial.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Resenha escrita por Ana Paula - www.livrosdeelite.blogspot.com

Resenha escrita por Ana Paula - www.livrosdeelite.blogspot.com

O ano? 2018. O dia? 14 de Junho. O mundo parou para ver o planeta Hercóbulus, afinal, a alguns meses atrás, todos achavam que este seria o destruidor do planeta Terra. Mas os cientistas conseguiram comprovar que ele passaria ao lado da Terra, podendo oferecer um espetáculo a toda população mundial. Mas no dia em questão, algo fora do normal aconteceu. O calor era abrasador, pessoas de todas as idades começaram a desmaiar e quando acordavam não eram mais as mesmas. Com os olhos de um branco espectral e uma fome de carne inumana, esses seres despertavam para matar, sem medo nem piedade.

"E assim, nesse espírito de empolgação de muitos e apreensão de alguns tantos outros, chegou o grande dia. O momento do tão esperado show cósmico, no qual Hercóbulus iria se revelar com toda a sua majestade. Naquele dia, se Deus existisse de fato, deve ter preferido desviar o olhar. Por que aquele planeta não iria apenas trazer um belo espetáculo. Iria trazer também o caos e a devastação."

Em São José dos Campos, uma cidade do interior de São Paulo, uma família qualquer começa seu dia. Ivan e Estela são casados e possuem 2 filhos, Matheus e Ana. Um casal comum, que aproveita o final de semana para resolver algumas pendências domiciliares. Quando finalmente param para almoçar no Shopping Center Vale, algo estranho acontece: pessoas começam a desmaiar e quando acordam atacam quem estiver na frente, dilaceram em questão de minutos, seus maridos, esposas, filhos... Ivan e Estela, meros analistas de sistemas, pensam primeiramente na segurança de seus filhos e apavorados deixam o local. O pensamento coletivo é de há algo errado com o sistema de ar do shopping, mas ao sair na rua, o caos é maior, agora ambos deixam de lado suas vidinhas pacatas e se tornam algo maior, capaz de fazer qualquer coisa para proteger seus filhos e amigos.

"... Não sabiam no que os pais iriam se transformar com o passar do tempo. Matheus e Ana não faziam ideia de que estavam diante de dois dos maiores predadores vivos da Terra."

Em 2018 esse planeta Hercóbulus, resolveu nos fazer uma visita, e os acontecimentos gerados apartir desta data, nos dão certeza que ele foi o responsável. Em O Vale dos Mortos, conhecemos um casal que viraram meus personagens favoritos. Ivan e Estela são os melhores personagens que tive o prazer de conhecer este ano. Não por eles estarem em uma guerra Zumbi, mas pela competência de cada um. O autor os nutriu com tanta humanidade que algumas de suas ações nós mesmos pensaríamos em fazer. Todos os demais personagens do livro, também são igualmente significativos. Além dos zumbis atacando continuamente, nossos personagens ainda tem que enfrentar o ser humano vivo, aquele que é capaz de qualquer coisa para se salvar, que não pensa nos demais, se só quer se dar bem.

Agora, imagina meu desespero total, lendo que cada canto da minha querida cidade (São José dos Campos) está infestada de zumbis? Os lugares onde costumo ir, Shopping Colinas, Shopping Center Vale, Wall Mart, Extra... dentre tantos outros. Mas a história não é focada somente aqui. Temos passagens por todo o planeta, o autor fez uma pesquisa que é inacreditável! Como o evento se passa em 2018, o autor teve que fazer algumas suposições, como ele mesmo explica no final do livro. Mas alguns eventos passados são verídicos e documentados, nos dando mais a sensação de estar acompanhando o que acontecerá no futuro. Uma história maravilhosa, cheia de ação do começo ao fim, onde o ser humano não é mais o caçador, é a caça!

"Assim que eles entraram no veículo Ivan pegou o celular e colocou uma música para tocar no MP Player.
- Black Sabbath? - Estela perguntou curiosa.
- Sim. Chama-se The Sign of the Southern Cross - Ivan respondeu, enquanto entrava na avenida Jorge Zarur com o gigante de aço.
- E do que fala essa música? - Estela Perguntou.
Ivan sorriu de forma significativa. Depois respondeu:
- Fala que quando surgir um sinal misterioso no céu a Besta estará livre para vagar sobre a Terra. E os homens terão que se unir para enfrentá-la."

Como vocês podem perceber pelos quotes, a história é narrada em terceira pessoa, o que eu gostei muito, pois temos uma abrangência maior dos acontecimentos. Os capítulos possuem titúlos e numeração, eu particularmente gostei muito da capa, mas sinceramente, espero que no próximo volume a capa tenha mais cor. Sim! Este livro é o primeiro de uma série (trilogia?), que terá seu próximo volume lançado até o final do ano (informação cedida pelo autor). A diagramação é simples, mas muito bem feita, e a revisão está perfeita, sem nenhum erro.

Espero sinceramente que eu tenha passado pra vocês o quanto eu gostei deste livro. A escrita do Rodrigo é viciante. Só não terminei de ler antes, porque as letras são pequenas e sou meio cegueta sabe... só tenho tempo para ler a noite, ai já vio, cansa demais a vista. Mas mesmo assim, adorei capa palavra escrita, cada invasão programada, cada sobrevivente encontrado. E espero ansiosamente a continuação. Um livro maravilhoso, que não fala só de zumbis, morte, carnificina. Mas que também nos mostra do que o ser humano é capaz para proteger quem ama, como somos vulneráveis sozinhos, como precisamos uns dos outros.

Pois é gente! Que livro! Tentei ao máximo reduzir esta resenha, mas creio que foi um pouco impossível por dois motivos: Primeiro - eu sou doida pelo Apocalipse zumbi (creio que nós ainda seremos atacados por um vírus ou algo do tipo, que faça isso acontecer), segundo - minha cidade é palco desta história inacreditável!
Quando eu fui a sessão de autógrafos deste autor aqui na minha cidade, não me passava pela cabeça que eu acabaria virando uma fã enlouquecida desta história. Quem me acompanha no face e na página, deve ter visto meus surtos psicóticos que esses dias lendo O Vale dos Mortos me renderam!!!! Se você não gosta de carnificina e zumbis, tudo bem, neste livro, além de muita ação, você vai encontrar um história com romance, divertida e com uma lição de vida!

"Os eventos passados deste livro ocorreram de fato. Os eventos futuros dificilmente virão a acontecer. Mas o certo é que mais cedo ou mais tarde podemos nos encontrar com Hercóbulus.
E que Deus abençoe e proteja todos nós." - Nota do Autor