Uma das perguntas que mais vejo “sabichões” sobre o Apocalipse Zumbi repetirem (e também responderem) pela internet é: “Se sua esposa/filho se transformassem em zumbis, você seria capaz de fazer a coisa certa?”
“Tiro na cabeça, sem pensar duas vezes!” – os mais resolutos respondem. Já os que guardam certas ressalvas podem optar por algo como “É complicado… Mas se você os ama de verdade, tem que fazer…”. Pois é, apenas imaginarmos uma terrível situação destas com certeza nada tem a ver com vivencia-la de fato.
Mas então eu lhes pergunto: não seria melhor simplesmente cuidarmos de nossa família, zelando por sua segurança e protegendo-os com sua própria vida posta em risco constantemente? Não seria melhor sacrificar-se pelos entes queridos sabendo que estarão em segurança que viver indefinidamente com a dor (e as vezes a culpa) da perda destes? Pois é este exatamente o conceito da obra “O Vale dos Mortos”, de Rodrigo de Oliveira – mais um autor visionário do fim dos tempos.
Diferente da série “Apocalipse Zumbi” de Alexandre Callari, a obra de Rodrigo de Oliveira (também idealizada para ser uma série) foca muito mais na família e seus preceitos do que nas atrocidades humanas cometidas após o fatídico “Dia Z”. Neste cenário, que também é ambientado no Brasil (interior de São Paulo mais precisamente) uma família comum composta pelo técnico em informática (e ex-militar) Ivan, a analista de sistemas Estela e os dois filhos pequenos Matheus e Ana são pegos completamente desprevenidos quando o caos começa, e devem permanecer juntos para escaparem do terror que vivenciam.
Isto porque, nesta trama, tudo acontece repentinamente. Realmente sortudos são os que não morrem imediatamente após o início de tudo!
Rodrigo de Oliveira, ao contrário de muitos autores de obras com zumbis, resolveu explicar a origem da praga… E ela vem na forma de um estranho planeta que aproxima-se perigosamente da Terra, o temível “Segundo Sol” Hercólubus. De uma forma surpreendente (que não entregarei aqui), o visitante estelar traz consigo o fim dos tempos, o poente da sociedade moderna como a conhecemos. Milhões de pessoas pelo mundo são mortas, e estas pobres vítimas não tardam a levantarem-se novamente como criaturas terríveis que devoram carne humana e não conhecem medo ou medem consequências para matar. É neste cenário de morte e atrocidades que Ivan e Estela devem proteger seus filhos e a si mesmos enquanto buscam abrigo, água, comida… E esperanças.
Você vai acompanhar uma desesperadora e tocante aventura por terras devastadas que irá nos mostrar até onde vai o amor dos pais por seus filhos e de um homem por sua família – mesmo após nada mais parecer certo. Mesmo após o fim definitivo da vida como hoje a conhecemos. Como tomar decisões ousadas em nome da sobrevivência quando se há tanto a perder? Como não estar pronto a sacrificar-se a qualquer momento quando sabemos que a o abraço da morte será muito mais ameno que a dor da perda? Até onde você iria para preservar a sua vida e a de sua amada família? Pois Ivan e Estela responderão a todas estas perguntas – e você não vai querer perder esta tocante saga por nada.
“O Vale dos Mortos”, como já dito, é uma obra de Rodrigo de Oliveira (mais um grande amigo e parceiro do Zumbicast) que está disponível pelo selo Baraúna. Corra para ler o primeiro capítulo deste sufocante conto, pois o segundo já começa a despontar no horizonte – e nós do Zumbicast lá estaremos para lhes trazer mais este lançamento!
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Resenha postada por Fábio Zonatto no site Zumbicast - www.zumbicast.com.br
Rodrigo de Oliveira é autor de onze livros. Seu trabalho mais conhecido é a saga “As Crônicas dos Mortos”, composta pelos títulos “O Vale dos Mortos”, “A Batalha dos Mortos”, “Elevador 16”, “A Senhora dos Mortos”, “A Ilha dos Mortos”, “A Era dos Mortos – Parte 1” e “A Era dos Mortos – Parte 2”, todo publicados pela Faro Editorial. Também escreveu a duologia de fantasia sombria “Os Filhos da Tempestade” 1 e 2, publicada pela Editora Kalytek, o livro “Vozes do Joelma” com diversos autores e “Entre Mundos”, escrito em parceria com o escritor Pedro Ivo.
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